Mais uma

Passei da fase de anotar minhas aventuras em um diário.

Mas escrever significa marcar. Tornar memorável.

Afinal, coisas ditas e ouvidas têm uma duração seletiva, e duram o tempo que devem durar.

Um dia alguém quis ficar comigo. Aquelas coisas que os mocinhos só fazem em filmes que fazer as meninas chorar e que me fizeram chorar também. E eu era a protagonista. Vivia num casco, e lá eu me debatia e não conseguia sair. E estava prestes a ficar lá para sempre. Até que alguém me viu lá, embora eu não gritasse. Alguém que, antes de tudo, quis me tirar. E tirou. Depois, foi improviso. Improviso daquilo que nem ele conseguia dizer o que era. Afinal, as coisas não precisam de uma nomenclatura. Irônico para um ótimo redator. Mas antes de redator, um publicitário. Que gosta de surpreender. Pegar seu público alvo no momento em que não se espera. Não é apenas mais um novo conceito. É uma nova era. De ser alguém como não se encontra mais. Como um personagem, só que melhor. Só que pior. E eu, apenas uma protagonista de novela mexicana. Óbvia, como todas as pessoas. Não para ele, que desconhece o sentido dessa palavra. E reviravoltas acontecem para aumentar a audiência e mexer com as emoções novamente. Surpresas de um lado. A vida que eu sempre sonhei do outro. E eu no meio. Sim, sim. Sim, não.

Comentários

paulo matozo disse…
Ótimo redator deve ter sido quem compôs esse textinho aí.
Só sei que exprime um sentimento de maneira clara e objetiva. Lindo.
Aprovado. Manda pra arte-final.

Beijos, linda.
paulo matozo disse…
Só a parte do sim sim não não que me embaralhou um pouquinho.

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