Verdade, verdadeira.


Dificilmente encontramos pessoas que sabem realmente lidar com uma crítica. Dificilmente encontramos pessoas que realmente saibam fazer uma crítica a fim de construir.

Há aqueles que criticam tudo e todos. Se o almoço foi de graça, reclamam que não teve sobremesa. Se oferecem bolacha e café no intervalo, reclamam que não teve sucos e frutas.
Há também aqueles que entendem até nos elogios uma crítica. O que ele quis dizer com isso? Falou que eu estava bem vestida, aposto que foi porque não gostou do meu cabelo.

Essa não é uma reflexão sobre pessoas e críticas. Mas sobre o que fazer com elas. No mundo corporativo, querem feedback. Mas quem pede feedback, em geral, quer que seja positivo. No mundo pessoal querem sinceridade. Querem mesmo?

O que explica uma empresa como a Nestlé reagir tão mal à reação de seus consumidores, que pediam uma posição em relação aos 'dedos de orangotangos' http://www.youtube.com/watch?v=VaJjPRwExO8 Perdeu mais que seguidores da marca e fãs no facebook. Perdeu a imagem, perdeu a reputação.

Mas existem outras (como a SKY) que aprenderam a usar isso a seu favor. Ouvir é mais que dizer 'posso ajudá-lo' no SAC. É saber o que procede, e agir a fim de reverter, amenizar, ou só entender uma situação. É usar o poder da voz do consumidor na web para isso.

Pessoalmente, é ouvir alguém dizer quais são suas falhas, seus pontos fracos. E avaliar se faz sentido, mudar, se preciso. Ou assumir: sim, sou assim. Mas tenho essa e aquela qualidade. Mas o que se percebe é que é mais fácil falar: você me chama de sujo e não vê que está mal lavado? E continua sujo.

A verdade é que poucas empresas/pessoas sabem lidar com as verdades dos outros em relação a si. E verdade, muitas vezes incomoda. Com a sociedade hiperconectada, uma crítica que antes girava ao redor da vizinhança, agora ganha números exponenciais. Mandar o Galvão Calar a Boca não é novidade. Mas antes era na sala
de casa, no bar com os amigos. Antes, o Galvão não ouvia. Agora, ele precisa rir (ou chorar), mas precisa falar sobre o assunto. Não há mais como fugir das verdades. Sejam elas verdadeiras ou não.

A palavra da vez é: maturidade. Para as organizações, para as pessoas. E isso se aprende; melhor se for com os erros alheios.

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