Meio 'Sei lá'



Há exatamente 1 mês meu ano já terminou. O que vivo é uma espécie de limbo, a espera de algo que está para acontecer, em algum lugar, a qualquer momento. Esse qualquer momento pode ser 01 de janeiro. Pode não ser. Mas uma espécie de angústia frustrante e empolgante me acompanha até esse algo que está para acontecer, acontecer.
Não pretendo fazer uma retrospectiva aqui de todas as maravilhas e des-maravilhas que vivi esse ano.
Mas algo me fez nesse momento parar e chegar a conclusão: acabou. O que? Não sei ao certo, mas é certo que acabou. Exatamente hoje.

Fato
<< no meio da tarde, o Wagner me liga, com voz séria: Rê, to indo aí na agência. Vim dar tchau. Assim, tchau, até nunca mais, ou até semana que vem, não sei. Vou embora, as caixas estão prontas... O Lúcio estava junto, com cara ‘daquele que fica’. E pergunto, e os outros? Ah, o Pedro já foi… o Fábio também. O Fernando está encaixotando as coisas. Meu mundo caiu. Como assim, o Fernando? Então ele vai mesmo? Sabia já. Era hora…
É pra dar tchau, ou melhor não? Calma… não tá indo hoje. Não importa mais. Como de costume, saí da agência e fui dar uma paradinha ali. Os quartos vazios, o Fer encaixotando. Não são os milhares de livros que o fazem ser esse ser. Nem o CD que ele encontrou; nem o jornal que encontrou de quando nos formamos; nem esse diploma, nem a zebrinha que já esteve em outra mesa. Nem nada… é meio, ‘sei lá’, como ele mesmo diz quando quer me dizer algo e não sabe por onde começar. Talvez esse sentimento seja tipo de mãe que diz: vão lá, garotos. E fica no portão esperando que voltem. Vocês são demais e o mundo precisa de vocês. Guarapuava, bom, ela fica bem, como sempre esteve…

Contextualizando
<< Durante alguns meses que pareceram anos, o Ka prata (assim como o Eco Sport vermelho) teve parada certa em frente à República da Vovó. Me perguntavam o que tanto fazia ali… meu pai dizia que eu poderia até ficar mal falada de estar sempre numa república de meninos. Mas quem vai entender? Talvez só a Cacá. Talvez nem a Cacá.
Aquele lugar reuniu por um bom tempo mentes inquietas, insatisfeitas, brilhantes. Palco de discussões sobre política, palco de cantos religiosos, palco de festas cujo prato único era gelatina. Reuniu amigos para toda hora, amigos que nasceram de uma ideia de oficina de robótica, amigos que ajudaram a organizar um evento de comunicação e fazer bolachas, mesmo que a especialidade seja programação, amigos para palestrar para jovens carlistas mesmo sem saber o que/quem eram jovens carlistas. Amigos para festas ‘AGORA’, mesmo que fosse na sacada, sem música, sem festa.
Não é a despedida, nem a casa vazia. Não são os sonhos prestes a ser realizados. Não é tristeza. Não é alegria.
É… sei lá.

Comentários

Unknown disse…
Sei laaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

UOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

ah sem palavras, nao tem como descerver tudo o q foi vivido na nossa segunda casa....

amoooooooooooooooo
LúcioTBC disse…
Sabe sei lá pra mim está sendo uma mistura de sentimentos, a tristeza por ver minha casa vazia e a felicidade por vendo meus amigos crescendo, eu sempre soube que as pessoas crescem de certa forma que os lugares em que elas vivem tornam-se pequeno, elas precisam explorar um novo mundo porque são pessoas que tem “potencial”. A casa da Vovó se mantém viva, e vou me esforçar muito para que ela sobreviva a todo esse grande desfalque, mas as suas portas nunca vão ser fechadas para festas ‘Agora’ ou para Gelatinas de Moranxi, mesmo tendo cara ‘daquele que fica’ me sinto bem, por ter tido a oportunidade de aproveitar muito bem cada momento que passei com os que vão, mas ainda estarei junto com os que ficaram.

O legal é que hoje tenho mais motivos para viajar e visitar os meus amigos que estão não tão pertos de mim.

=)

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